Livro: A produção social e política dos homicídios (Felipe Mattos Monteiro)

A produção social e política dos homicídios

Uma análise macrossocial da trajetória das taxas de homicídios em Santa Catarina

(1992 a 2017)

Autor: Felipe Mattos Monteiro

O livro “A produção social e política dos homicídios: uma análise macrossocial da trajetória das taxas de homicídios em Santa Catarina (1992 a 2017)” analisa a evolução das taxas de homicídio no estado de Santa Catarina entre 1992 e 2017. O trabalho busca compreender os fatores sociais e políticos que influenciam a ocorrência de homicídios, utilizando uma abordagem macrossocial, ou seja, focando em padrões e tendências em nível estadual.

 

O estudo foca em: 

  • Análise macrossocial:
    Examina as taxas de homicídios em nível estadual, buscando identificar padrões e tendências ao longo do tempo.
  • Fatores sociais e políticos:
    Investiga como as condições sociais e as decisões políticas afetam a incidência de homicídios.
  • Trajetórias latentes:
    Utilizar técnicas estatísticas para identificar padrões de mudança nas taxas de homicídio ao longo do tempo.
  • Covariáveis estruturais:
    Avalia a relação entre as taxas de homicídio e outras variáveis como desigualdade social, pobreza, acesso à educação e políticas públicas.
  • Desorganização social:
    Considera o impacto da desorganização social na ocorrência de homicídios, possivelmente relacionado a fatores como perda de laços comunitários e instabilidade social.
  • Taxas bayesianas:
    Utilizar modelos bayesianos para analisar as taxas de homicídio, permitindo uma análise mais refinada e considerando incertezas estatísticas.
O objetivo principal é identificar os fatores que contribuíram para o aumento ou diminuição das taxas de homicídio em Santa Catarina ao longo do período estudado, fornecendo insights valiosos para a formulação de políticas públicas mais eficazes na prevenção da violência.
Felipe Mattos Monteiro
Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) dos cursos de Ciências Sociais Licenciatura e Bacharelado (UFFS – Campus Laranjeiras do Sul). Possui doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Sociologia Política e graduçaão em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Também é pesquisador associado do Núcleo Interdisciplinar em Políticas Públicas da UFSC e membro do Grupo de Pesquisa Estado, Sociedade e Políticas Públicas da UFFS. Suas pesquisas e publicações atuais se concentram na área de políticas públicas, violência, trajetória de homicídios e direitos humanos.

 

Monteiro, F. M. (2019). A produção social e política dos homicídios: Uma análise macrossocial da trajetória das taxas de homicídios em Santa Catarina (1992 a 2017).

 

A publicação do livro contou com o apoio do:

IPEVSC

Fomentando Pesquisas Quantitativas que Examinem Explicações Alternativas para as Variações Socioculturais

 

Estudo revela a importância do envolvimento paterno na criação de filhos felizes

Revisão integrativa revela que pais carinhosos tendem a criar filhos que, por sua vez, repetirão o modelo de parentalidade positiva com seus próprios filhos, perpetuando um ciclo de afeto e bem-estar familiar.

Artigo completo: https://www.revistanps.com.br/nps/issue/view/46

Em um mundo onde os desafios da parentalidade moderna se tornam cada vez mais complexos, um estudo recente lança luz sobre um aspecto fundamental da dinâmica familiar: a transmissão intergeracional de padrões de relacionamento entre pais e filhos. A pesquisa, uma revisão integrativa de 15 estudos publicada na revista Nova Perspectiva Sistêmica, analisou a relação entre a forma como os pais se relacionam com seus filhos e como essa forma é transmitida para as futuras gerações.

O estudo, liderado pelo professor Mauro Luís Vieira, revela que a tendência predominante é a continuidade de relações positivas, com pais envolvidos e carinhosos reproduzindo um modelo de parentalidade calorosa. Essa descoberta ressalta a importância do investimento emocional na relação com os filhos, demonstrando que o amor e o cuidado são legados que se perpetuam ao longo das gerações.

A pesquisa também aponta para a existência de um ciclo menos virtuoso, em que pais que vivenciaram distanciamento afetivo ou práticas disciplinares físicas em suas próprias infâncias podem, em menor grau, reproduzir esses padrões negativos com seus filhos. No entanto, o estudo destaca que algumas famílias conseguem romper com essa herança de dor, interrompendo o ciclo de relações disfuncionais e construindo, de forma consciente, modelos parentais positivos.

Os resultados dessa pesquisa têm implicações práticas significativas para a sociedade. Em primeiro lugar, eles reforçam a importância da promoção de práticas parentais positivas, incentivando o envolvimento paterno e o desenvolvimento de habilidades de comunicação e resolução de conflitos. Além disso, o estudo aponta para a necessidade de programas de intervenção que auxiliem pais a romperem com padrões parentais negativos, oferecendo suporte emocional e orientação para a construção de relações saudáveis com seus filhos.

A pesquisa também lança luz sobre a importância da educação parental, demonstrando que o suporte contínuo aos pais em formação, por meio de iniciativas educativas e de apoio psicológico, é fundamental para a construção de famílias felizes e saudáveis. Os resultados obtidos podem servir de base para a criação de políticas públicas voltadas para o fortalecimento dos vínculos familiares, incentivando práticas de paternidade ativa e consciente.

Diante desse cenário, a pesquisa do professor Mauro Luís Vieira e sua equipe representa um passo importante na compreensão da dinâmica familiar e na construção de um futuro promissor para as próximas gerações. Ao revelar como o amor e a parentalidade se transmitem entre gerações, o estudo nos convida a refletir sobre o papel fundamental que pais e filhos desempenham na construção de um mundo mais justo e acolhedor.

Destaque para as instituições que apoiaram o desenvolvimento do estudo: IPEVSC – Instituto de Pesquisas de Variações Socioculturiais, CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e FAPESC – Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina

 

IPEVSC

FOMENTANDO PESQUISAS QUANTITATIVAS QUE EXAMINEM EXPLICAÇÕES ALTERNATIVAS PARA AS VARIAÇÕES SOCIOCULTURAIS